Uma vitrine de incertezas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

4:23



E então, o sangue escorreu em minha faca, uma vez, foi o sangue que me corroeu, deixou minha alma fraca.Ele ultrapassou os limites do metal e caiu em minha bota, que estava suja de cal. A madrugada corria lentamente, tive tempo de arrasta-la para o jardim, ainda consciente. A deixei ali, agonizando um pouco, enquanto agarrei a pá e a ameacei, para seu sufoco. Para o seu sufoco, eu tinha algo pior, retirei a ameaça e comecei a cavar em um lugar que me parecia melhor. Em baixo da árvore, no mesmo lugar em que meu coração havia virado mármore. Aonde eu soube que aquilo não me levava a nada, e só a matar faria minha mente ficar aliviada. Terminei, voltei e ela havia se arrastado até perto da porta, chutei sua perna até ficar torta. Então, terminei o serviço, marquei a pá a altura do pescoço e a voltei, com a força certa para despedaçar um osso.
A peguei no colo uma ultima vez, e a joguei no buraco, exactamente às 4:23.

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