Uma vitrine de incertezas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ilusão

Desprenda-se das opiniões
Viva em suas próprias ilusões
Não olhe para trás,
Não veja o perigo.
Não olhe para trás,
O perigo está a sua frente.

Partas com a cabeça baixa
Não olhe para os outros
Não se iluda com sonhos alheios
Pois eles nunca se juntarão.
Você nunca irá conseguir
Por seus próprios meios.
Mas, cada tentativa
Não será em vão.

Amar-te-ei como ti mesma
E purificar-te-ei
De todos os males causados
Pelo seu breve enterro
Friamente sujo pelo aterro
De ideias que a sua mente compõe
E em composições de descomposição
Minhas ideias acabarão se esvaindo
E novamente seu corpo irá caindo
Em um curto conforto da mente
Para nossas ideias se encontrarem
E causarem um desconforto decorrente.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sentido oposto

Oterid e otiertse
É ohnimac o euq
,Rebas atsab sam
Etnemasodadiuc ol-uiges
Etisrt res edop
Êcov arap e mim arap.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Meia linha

O Sol, astro maior, jazia vagarosamente em ré menor.
Já a Lua, estava lá desde dia, estranhamente ela me sorria.
Enquanto o Sol, brilhava apenas para completar o degrade
A Lua vinha me dizendo : Vamos ser só eu e você ?
Mentiras de uma vida transparente
Sorrisos apenas aparentes
Me fazem deixar um espaço vago em meu pensamento
E o vácuo é o que me separa da Lua neste momento.

Não se ama sem algo a odiar.
Não se alegra sem algo a se entristecer
Não se esquece sem antes se lembrar
Não se morre sem antes viver.
Se a nossa vida pertence a nós mesmos,
Porque deixamos sempre nas mãos de outros
E nunca aprendemos ?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Movimento aparente

O movimento aparente do meu pensamento
Me faz crer que o futuro pode ser vivido neste momento.

Tê-la junto quando eu não poderia
Toca-la quando eu não alcançaria
Poderia fazer teus olhos arderem como deveriam
E ver o que os pobres apaixonados sentiam.

O movimento aparente de meu pensamento
Me faz crer que você está perto
Avancei uns três, quatro anos
E eu posso até te ver
Pena que eu só posso crer
E o que é aparente, não vai acontecer.

Linhas

Eu fujo das linhas
Mas elas me seguem
Me fazem ficar reto
Quando nem minhas vértebras conseguem.

Eu fujo das linhas
Como um fim foge do inicio
Tanto faço e tanto escrevo.
Mas só vejo um enorme desperdício.

Não sei o que me motiva
Mas uma reta ainda existe
Minhas letras parecem fugitivas
Mas em deixa-las no eixo, a linha insiste.

Um texto pobre


Um texto pobre
Pobre de tudo
Pobre de vocabulário
Pobre de conteúdo.

Um texto pobre
Todo fodido.
Sem nenhum contexto
Sem nenhum sentido.

Um texto pobre
Com mais erros que um afresco
E mais mentiras que uma promessa
Um texto que todos leem com pressa.

Um texto pobre
Não vai para nenhum armário
Vai ser descartado
Assim como quem o escreveu. O otário.

A tudo que não fosse

Eu nunca falhei com você
Tudo que eu queria eu podia ter.
Desde teu corpo estendido em minha mesa de jantar
Até o cálice com o seu sangue, para eu poder desfrutar.

Desde teu cérebro congelado
Para um dia entender o que me deixou atordoado
Até o seu coração em uma panela no fogo
Para ver se você também aguenta o sufoco.

Poderia descer até o céu e subir até o inferno
Poderia resistir a quase tudo.
A tudo que não fosse o teu frio interno.

Ela se cansou

Em meio aos livros e roupas bem passadas
Na sua mente, cansada de suspiros e planos de 'escapadas'
Ela se cansou da vida simples
Ela se cansou das pessoas medíocres
E de toda coisa que a faz passar mal
E vomitar no momento que lhe parece ocasional.

Cansou de seguir as estações
E de escapar de altos espirros.
Cansou de perder o seu fulgor em algo desnecessário
Desnecessário como o remetente e o destinatário
Cansou de assinar as cartas
E de sair correndo das baratas
Agora assina as baratas.
Cansou das pessoas em geral
E de toda coisa que a faz passar mal
E vomitar no momento que lhe parece ocasional.

Cansou de secar o seu cabelo
Também cansou de fazer apelos.
Achou que seu cachorro poderia ser um gato
Então pois ele para correr atrás de um rato.
Cansou das fases da lua, então toda vez que a via
Saia para a rua.
Tantas as vezes que não julgou mais
Mais vezes. Não mais.
Cansou de tudo que era digital
Cansou de tudo que era sempre igual.
E de toda coisa que a faz passar mal
E vomitar no momento que lhe parece ocasional.

terça-feira, 2 de março de 2010

O que eu mais quero

Eu sou quem eu quero ser
Eu desejo o que eu quero desejar
Eu vejo o que eu quero ver
E digo o que me vem a calhar

Eu morro a hora que eu quiser morrer
Eu penso o que eu quero pensar
Eu corro quando eu quero correr
Mas não amo quem eu quero amar.